Conselhos sobre a perda para os ‘feridos pelo amor”
“Sempre haverá no futuro a possibilidade de um novo amor e é necessário estar preparado para receber essa dádiva preciosa.”
O término da relação com alguém especialmente amado gera um arrasador sentimento de perda. A impressão é de que a vida perdeu o sentido, a pessoa se sente como se estivesse morta ou morrendo. Certamente alguma coisa lá dentro morreu. Aquele outro se torna uma ausência, uma falta dolorosamente sentida. Em períodos como esse, tenta-se – da maneira que for possível – sobreviver e manter a esperança de um futuro melhor.
A morte é triste e irreversível; porém o fim não desejado de uma história de amor carrega em si um drama maior. Existe uma sensação de fracasso, de derrota e, quase sempre, um vago sentimento de culpa que acompanha a inevitável pergunta: “onde foi que eu errei?” Quando o sentimento de culpa não impera, fica uma noção de impotência e uma idéia dolorosa de estar sendo vítima de uma injustiça: “fiz tudo direito, amei e me comportei bem, fui fiel, não merecia isso”, como se ser amado fosse merecimento.
Muitas vezes perdura a frustrante ilusão de um retorno que não acontece. Lidar com os destroços de um amor encerrado pelo parceiro – em geral, sem que se saiba direito o que aconteceu e como – é uma tarefa penosa, tal qual tentar sobreviver a um naufrágio. A sensação de que as emoções estão mortas dentro de nós nos acompanha o tempo todo.
Mas a vida ressurge. Sempre. Ela é mais forte do que a tristeza: supera o peso da dor e ergue-se impávida. Não cessa e ressurge sempre, mesmo quando parece não haver mais nada. Pode demorar. Quem já passou por isso sabe que um dia todo o sofrimento passa, a tempestade se desfaz, o bom tempo volta e o sol torna a brilhar, a aquecer a alma e a iluminar os caminhos.
Quem ainda não chegou a esse momento pode acreditar: isso passa; pode demorar, mas passa. É preciso manter viva a chama da esperança e acreditar na capacidade de ressurreição do coração arrasado. Sempre haverá no futuro a possibilidade de um novo amor e é necessário estar preparado para receber essa dádiva preciosa. E um dia, por vezes nem tão distante assim, a nova paixão ilumina com seu brilho a alma, como o sol que ressurge e nos aquece após um longo período de mau tempo. Ou como a primavera que rebrota depois de um longo e escuro inverno. A vida se impõe. Sempre.
Debruçando-me sobre esta dolorosa situação, elaborei nove conselhos para quem está sofrendo a dor da perda.
1. Isso passa.
Pode demorar, mas passa. Não se afobe procurando substitutos para a pessoa amada. Leva tempo para estar em condições de encontrar alguém. Se você procurar outra pessoa, esta vai sentir que está sendo uma substituta e não vai aceitar a situação. Além disso, mesmo que ela não perceba, a nova relação vai ficar vinculada à antiga e isso será negativo.
É claro que diferentes situações demoram tempos diferentes e quanto maior o seu envolvimento, maior o tempo necessário para o sofrimento ir embora. E a dor cessa aos poucos, embora muitas vezes seu fim seja percebido subitamente. O mais importante é saber que um dia o padecimento termina porque isto ajuda a suportá-lo.
Quanto à idéia de que não deve haver pressa em procurar substitutos, vale esclarecer que a pressa de se livrar da solidão pode levar a uma nova má escolha. Se você não for seletivo, é provável que a nova pessoa instintivamente sinta sua afobação e rejeite a situação. Além disso, a nova relação vai ficar vinculada à antiga e isso será negativo. É bom quando existe uma clara separação entre dois relacionamentos. Mas muitas vezes acontece o contrário – algumas pessoas ficam presas ao passado e não abrem espaço para um novo amor. Ajuda imaginar que Deus pode estar nos dando o relacionamento fracassado primeiro para melhor valorizarmos aquele vem depois.
Quando uma relação amorosa termina, existe uma carga de sofrimento muito intensa. As pessoas envolvidas carregam consigo os sentimentos de perda, fracasso e de frustração. Quando um foi abandonado pelo outro, leva também – geralmente – uma mágoa com relação ao parceiro. Uma das formas de se superar estas situações penosas consiste em encontrar um novo amor para substituir o antigo e, ao mesmo tempo, reforçar a auto-estima abalada pela separação dolorosa.
Este recurso, embora possa ser eficaz, carrega consigo uma perigosa armadilha. Na medida em que a busca de um novo parceiro amoroso está sendo motivada pela presença da imagem do antigo amor, este se torna uma referência. As novas possibilidades de relacionamento ficam sujeitas a uma constante comparação com a relação anterior e a presença do fantasma desta antiga relação cria uma sombra negativa sobre o futuro. O novo parceiro é vivido como se fosse uma espécie de remédio para o sofrimento e isto também prejudica o novo encontro.
A pessoa que está entrando na vida do outro sente a presença de alguma coisa entre os dois que não faz parte da relação deles. Instintiva e intuitivamente ela se protege e dificilmente abre seu coração inteiramente. Quando não o faz, é porque está também trazendo para este novo relacionamento alguma dificuldade sua. A probabilidade desta situação não ir avante se torna muito grande. A solução é abrir mão de encontrar o substituto de quem foi embora e ficar alerta para evitar lidar com os novos relacionamentos como se fossem tentativas de resolver a situação anterior e tratá-los como devem ser tratados, ou seja, alguma situação inteiramente nova na vida. Somente assim, libertado de todo este passado negativo, o novo amor terá possibilidade de crescer de forma sadia e satisfatória.
2. Você não merece isso.
Ninguém merece, mas muitos, quase todos, passamos pela situação de levar um grande fora. Não torne as coisas piores para você e procure se afastar. Evite mendigar migalhas.
3. É necessário aceitar a realidade.
Parece fácil, mas a aceitação é que nem admitir a morte. Leva tempo e temos que passar antes por estados sucessivos e alternados de negação, revolta (ódio) e depressão até chegarmos à aceitação.
A palavra aceitar tem diversos significados, mas o sentido que nos interessa é o de admitir uma realidade, sem de ela fugir, sem negá-la. Muitas pessoas quando têm uma discordância falam em não admitir. Mas admitir não significa concordar. Concordar e admitir são atitudes diferentes. Ao discordar – ou concordar – estamos estabelecendo nosso julgamento sobre um fato, uma coisa ou pessoa; ao admitir estamos apenas reconhecendo uma realidade. Parece simples, mas a tentação de negar a realidade quando ela é dolorosa se torna enorme e pode lhe levar a assumir, como acontece com muita gente, uma atitude radical de se distanciar dos fatos reais.
Suportar a dor em vez de tentar fugir dela nos ajuda a superá-la. Não é por acaso que o treinamento de artes marciais exige do aluno que se submeta a situações dolorosas. O atleta australiano Derek Clayton quando bateu o recorde da maratona em 1969 falou que a vitória tinha sido fruto de sua coragem para sofrer o que fosse necessário. Referiu-se a um adversário dizendo que o outro era melhor atleta, mas não tinha a mesma aptidão para agüentar a dor. Ele vomitou ao cruzar a linha de chegada e urinou sangue durante uma semana após a corrida. Poucas pessoas têm tal disposição para se tornarem heróis, mas em muitos momentos da vida temos de enfrentar dificuldades que nos trazem sofrimento e a agüentar a dor necessária sem fugir ainda é melhor forma de superar estas situações.
Finalmente, quero lembrar que aceitar significa admitir também que o amor não depende apenas do comportamento do outro, mas de algo imponderável existente dentro de cada um de nós. Por melhor que você seja, isto pode não ser suficiente para preservar o amor em seu parceiro.
4. É preciso perdoar.
O perdão faz bem a quem perdoa; muito mais do que a quem é perdoado. Melhora a raiva e deixa o coração mais leve.
Saber perdoar é uma arte. Como toda arte, pode ser aprendida através de esforço e dedicação ou, como acontece com alguns poucos felizardos, pode ser um dom que se recebe de nascença. Saber perdoar significa ser capaz de estabelecer a diferença entre a absolvição e o perdão. Absolver é admitir que o mal feito não fosse da responsabilidade de quem o praticou, ou que quem está sendo acusado é, de fato, inocente. Absolver é uma questão da Comunidade, da Justiça, da Sociedade como um todo, e não de cada um de nós independentemente. Perdoar é um gesto individual de aceitar que um erro cometido faz parte das fraquezas humanas e de entender aquele que errou como uma pessoa comum capaz de se enganar e ter a nossa simpatia ou, pelo menos, a nossa capacidade de relevar o mal praticado.
A importância de perdoar está no fato de que o perdão faz muito mais bem a quem perdoa do que a quem é perdoado. O perdoado pode se sentir aliviado de seus sentimentos de culpa pelo mal causado, mas quem perdoa conquista muito mais. E por vezes o perdoado nem fica sabendo que o foi... Através do perdão, você se livra do ódio e do rancor que fazem mal à saúde; sua alma se engrandece e seu espírito conquista paz e serenidade.
5. Humildade é importante.
Pense que muita gente passa por coisas muito piores do que perder um parceiro amoroso.
Muitas vezes há um grande aumento da dor da perda causado pela vaidade. O sentimento de estar sendo visto como um fracassado e a sensação de derrota geram um desnecessário acréscimo na dor que já está suficientemente intensa para poder dispensar orgulhos feridos.
6. Preserve o amor dentro de você.
Não deixe que a raiva e a tristeza escondam de você mesmo o amor que você viveu um dia. Lembre-se dos bons momentos e cultive a gratidão por eles. Gratidão e amor fazem bem a gente. Não permita que a separação e a perda o impeçam de preservar o amor que um dia sentiu. Vale mais a pena recordar as agradáveis situações vividas do que ficar sempre se amargurando com os momentos de sofrimento.
Outra forma de preservar o sentimento de amor dentro de nós e estimulá-lo consiste em praticar a caridade. Quando nos falta a fé e a esperança está tão distante, nos resta ainda a maior das virtudes – a caridade. Sempre podemos encontrar alguém a quem podemos ajudar. Disse o santo D. Helder, o arcebispo do bem: “ninguém é tão pobre que não possa dar e ninguém é tão rico que não possa receber”.
7. Faça a eutanásia de sua paixão.
Ajude a matar o sentimento que ainda existe em você e fique apenas com a lembrança, a gratidão (a Deus) pelos momentos felizes e a esperança de novos momentos com uma nova pessoa.
O principal elemento da situação dolorosa é o fato de que a pessoa abandonada continuava, até a separação, amando o outro. Esse amor cria um desequilíbrio afetivo por não ser mais correspondido. Para restaurar o equilíbrio, é necessário que o abandonado se disponha a aceitar a morte deste sentimento e se esforce para dissolver a paixão que ainda sente. Geralmente a raiva provocada pela situação ajuda, mas é importante que a tarefa de encerrar a paixão seja praticada de forma organizada para que o resultado seja satisfatório.
Esta é a eutanásia da paixão. Uma paixão que se tornou inviável precisa ser eliminada para trazer paz ao coração de quem a vive. Não se trata de uma paixão qualquer, mas de um sentimento que foi cultivado e estimulado, por vezes durante muitos anos – talvez a emoção mais importante que a pessoa tenha vivido em sua existência. E é um sentimento que só tem razão de existir se for correspondido. Exterminar um sentimento positivo é muito penoso, significa retirar aos poucos, dia após dia, o valor que foi dado à pessoa que se admirou e de quem se aceitou os defeitos. Só então você terá condições de confiar em sua capacidade de superar a dor da separação e estará livre para amar novamente. Aí haverá espaço para a ressurreição do amor.
Para alguns, esta idéia pode parecer incompatível com a formulação imediatamente anterior. A diferença está no fato de ser o amor uma emoção serena que alimenta nossas almas e deve ser sempre estimulada enquanto a paixão é uma emoção perturbadora que necessita de uma administração cuidadosa. Quando a paixão é rejeitada gera sofrimento, dor e sentimentos negativos e precisa ser banida o mais rapidamente possível de nossa vida. Até mesmo para poder dar espaço para o nascimento de uma nova paixão.
Como a paixão costuma estar alicerçada no amor, é fácil de ser confundida com ele. Mas a grande diferença reside no fato de que enquanto a paixão é cega e se acompanha pela necessidade imperiosa de atender nossos próprios desejos, o amor é sábio e se guia pelas necessidades do outro. O amor se caracteriza pela generosidade, a paixão pelo egoísmo. A paixão desprovida de amor cria perigos e possibilita tragédias. Porém, quando juntos e em harmonia, amor e paixão nos levam a grandes feitos e grandes conquistas.
8. Dê absoluta prioridade ao bem estar dos filhos.
Qualquer decisão ou atitude a tomar, pense no que é melhor para eles.
Nunca se esqueça de pôr seus filhos em primeiro lugar quando estiver lidando com estas questões e com estas dores.
9. Enterrar os mortos, fechar os portos e cuidar dos vivos.
Em 1755, no dia de Todos dos Santos (primeiro de novembro), ocorreu, em Portugal, um violento terremoto, que destruiu grande parte de Lisboa. Na ocasião, o Primeiro Ministro, Marquês de Pombal, enfrentou a catástrofe com o lema: "Sepultar os mortos, cuidar dos vivos e fechar os portos". Esta formulação simples e direta pode nos ajudar muito. Diversas vezes ocorrem em nossa vida eventos arrasadores. A calamidade é tão grande que por vezes perdemos o discernimento. É a hora de adaptar para a nossa vida a frase do Marquês: "Sepultar os mortos, cuidar dos vivos e fechar os portos".
Sepultar os mortos significa que não adianta ficar deplorando a tragédia ou se recriminando por ela. É preciso enterrar o passado, parar de pensar sobre o que deveria ter sido e encarar o que está sendo. Cuidar dos vivos representa a importância de tomar conta do presente. Ter cautela com o que sobrou, o que realmente existe. Fazer todo o possível para salvar o que restou do terremoto, valorizando e usufruindo o que há de bom em sua vida. Fechar os portos fala sobre dificultar a possibilidade de que novos problemas apareçam enquanto você estiver “cuidando dos vivos e enterrando os mortos” – sarando as feridas na alma. Significa manter o foco na reconstrução, na cura. É desta forma que a história nos ensina. Por isto, quando enfrentar um terremoto em sua vida, lembre-se das palavras do Marquês e procure enterrar os mortos, fechar os portos e cuidar dos vivos.
quinta-feira, 26 de julho de 2007
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Adorável Doutor Luiz Alberto Py, é com muito gosto que sento para escrever este pequeno comentário. Tenho vivido esta dor da separação algum tempo, tem dias que parece tudo cinzento, como se nada valesse à pena, é dificil ser abandonado quando estamso doando o emlhor nós mesmos, mas acredito realmente, como o senhor colocou que deve ser uma preparação para um novo relacionamento, quem sabe? Embora na hora em que dor aperta esqueçamos tudo isso.
ResponderExcluirMas estou para agradecer pelas palavras esclarecedoras, há muito busco uma resposta e essa veio ontem pela TVE e agora com seu blog.
Que Deus ilume as suas palavras sempre.
Marcos Vidal
marcos.vidalmar@gmail.com
Concordo com o Marcos Vidal, também procurei muito por respotas, na verdade buscando ajuda mesmo para suportar a dor da separação, e a tua maneira de discorrer sobre esse assunto, tão amplamente falado, é muito singular... arrisco dizer que é porque você transmite muita segurança e amabilidade. Não é só rasgação de seda, não, li muito sobre o assunto e pouca coisa que realmente valeu a pena apesar de não serem diferentes em conteúdo de seus conselhos.
ResponderExcluirAbraço
Dr.Luiz Alberto Py, estou muito ferida pelo amor, não que eu tenha terminado, meu romance. Mas meu parceiro tem mudado bastante comigo, errei algunas vezes, mas agora ele esta inflexivel. Me trata bem como estamos juntos, é adoravel. Mas eu andei sufocando ele com meu amor, eu só me sinto bem onde ele está, tudo que faço não é por mim, é por ele. Perdi minha identidade. E ele percebeu isto e não gostou. às vezes quando ele não pode sair comigo, eu não saio. E ele me pergunta: Porque voce num foi? voce queria tanto ir.
ResponderExcluirE aí vejo que ele ta querendo dizer, seja voce , viva sem depender 100% de minha companhia.
Estou muito desiludida, estamos juntos, mas percebo que se eu continuar assim vou me tornar insuportavel para ele. Não saio mais com minhas amigas, com minha família, não veja graça em nada, se ele não estiver junto. E isto doi em mim, sinto que tenho de ser mais eu , me amar em primeiro lugar, dar prioridade às minhas coisas. Tenho conciencia que o estou sufocando com meu amor.
Dr. Luiz com toda sua experiencia,e sabedoria, me ajude a ser alguem agradavel, pq acho que estou em depressão. Nem no serviço consigo me concentrar.
Por favor, ajude esta mulher que esta muito infeliz por medo de perder o amor que antes era tão belo e apaixonante.
Abraços
Lia
Cara Lia.
ResponderExcluirAlgo muito errado está acontecendo com você e vejo que já percebeu isso. Sua auto-estima está muito abalada e alguma coisa deve estar contribuindo para tal.
Esta situação emocional interna sua lhe leva a supervalorizar seu namorado e a companhia dele. É como se você se comparasse com ele e se desvalorizasse ao extremo.
Não tenho condições de dizer mais, pois nada sei sobre você, idade, trabalho, escolaridade, família etc. Espero que estas minhas palavras possam lhe ser úteis e aguardo uma nova comunicação sua.
De: luluvieira [mailto:luluvieira@superig.com.br]
ResponderExcluirEnviada em: domingo, 29 de julho de 2007 14:01
Para: luiz@albertopy.com.br
Assunto: minha separação
Py,consegui colocar aqui nos comentários.Aí vai o q aconteceu comigo:
Oi!Sou assinante da Caras e adorei sua reportagem "como lidar com os
destroços da relação encerrada pelo parceiro".Sinto bem como vc diz,minha
vida sem sentido,como se estivesse morta,Discordo apenas,mas para o meu
caso,qdo vc diz"como se ser amado fosse merecimento...".Vivo falando isso
mesmo mas pq ,como vou contar,acho q ele me enganou esses 15 anos.Sempre q
ele via ela,durante esses 15 anos,ficava diferente,nervoso,sem graça,essas
coisas q acontecem qdo alguém mexe com vc,e eu alertava ele disso e ele
dizia q eu tava louca,depois ficou com ela.Isso q eu acho q ñ merecia,ele ñ
foi leal comigo,se ele tivesse conhecido alguém novo na vida dele eu estaria
triste tb,mas acho q essas coisas acontecem,e ninguém tá livre disso,ñ tem
garantias no amor,mas assim...Ele tinha q ter me falado q ainda gostava
dela,me dá a sensação q ficou esperando uma brecha dela comigo,com casa
comida,roupa lavada,faculdade paga,etc.Mas vou contar do começo pq senão ñ
dá p/entender.Me separei 29 de janeiro desse ano.Meu marido que quiz,mas eu
q tive q manda-lo embora.Temos 49 anos,não tivemos filhos(perdi 2)ficamos
quase 16 anos casados e assim q saiu de casa,na mesma semana,ele voltou
p/sua ex-mulher,com quem ele tem um filho,agora com 27 anos e uma netinha de
5.Eles ficaram 3 anos casados,ela q quiz se separar,arrumou outro,coisa q
ele nega,claro e agora voltaram depois de 24 anos separados!Fiquei
arrasada,lógico pq amo ele,e até com ela q era minha amiga(não melhor
amiga,mas gostava dela)bordei toalhinha p/seu segundo filho(com seu segundo
marido)essas coisas.Bom,continuo muito mal,choro todo dia,não me conformo e
tenho um enorme sentimento de culpa por nunca ter dado atenção à ele.É
importante dizer isso,pq eu não parava em casa,não via almoço,janta,essas
coisas q mulher faz p/marido.Nem sei pq fazia isso.Achava q ele nunca ia
embora e q depois eu me dedicaria à ele.Só dou valor quando perco as
coisas.De uns 2 meses p/cá ele andou dizendo p/mim e p/todo mundo q estava
muito arrependido mas q ñ sabia agora como sair disso.Tem um recado na minha
secretária(dia 24/06)q ele chora pedindo p/eu atender,q ele tá
enlouquecendo,q eu sou a melhor parte da sua vida,etc.Isso mexe demais
comigo,mas o fato é q ele tá com a Lúcia(ela também é Lúcia)e 3 dias depois
desse telefonema,minha irmã ligou p/saber como ele estava e ele disse q
tinha q passar por isso(mas com a voz firme)e q não queria cobrança de
nenhuma das 2,no q minha irmã retrucou q eu ñ cobro nada dele,nunca
telefonei nesses 6 meses e q ele tá com quem ele optou.É isso.Só q é difícil
p/mim,entende-lo,ele é um cara muito inseguro e influenciável(só que as
influências atuais são só da parte dela,já q ñ telefono,nem falo com ninguém da família dele,ninguém nunca me ligou).Não tenho segurança
suficiente em mim para lutar por ele(imagino q vc tenha se assustado com tal
decisão,mas é o q queria,preciso ser sincera com vc) e poder dar a atenção que
nunca dei,fazer diferente.Há 4 dias atrás(22/08)ele botou gasolina num posto q o caseiro do nosso vizinho trabalha,e esse caseiro perguntou a ele se estava tudo bem e ele disse q não tava nada bem,q ele tinha feito a maior besteira da vida dele,q só de ve-lo ficava muito mexido,q tava arrependido,e diz o caseiro q tava com os olhos cheios de água.Não sei se ele mente(já q não me procura p/voltar)ou porque faz isso...Por favor me responda,tá?meu nome é Lucia
Vieira,meu e-mail é :luluvieira@superig.com.br.Tomara q eu tenha a sorte de
conseguir sua opinião.Desde já muito obrigado
Lucia.
ResponderExcluirEm primeiro lugar, uma recomendação para você e para todos os freqüentadores do blog: não coloquem seus e-mails desnecessariamente para evitar trotes, já que o blog é público.
Penso que seu marido (ou ex) está confuso e deixando você também confusa. Procure evitar se deixar contaminar pela confusão dele. Para isto, pare de ficar esperando pela volta dele como se ela fosse mudar sua vida e fazer você feliz. A única diferença é que você ia parar de se sentir culpada embora eu ache que você não tem culpa de nada.
Sugiro que pare de pensar nele e pense em seu futuro. Faça planos e deixe um espaço aberto para um futuro pretendente poder aparecer. Sua vida não acabou e você ainda tem muito para viver, inclusive amorosamente.
Espero que estas minhas palavras lhe ajudem. Boa Sorte.
Oi Py,sou a Lúcia,que escreveu p/"os feridos pelo amor".Gostaria de agradecer pelo carinho de responder rapidamente.Adoro seus comentários,e acho que preciso mesmo fazer como vc falou,não me deixar contaminar pela confusão dele e seguir minha vida,mas,como não é fácil,não posso negar que estava super ansiosa p/saber uma opinião sua sobre se é sincero isso q ele diz do arrependimento,e q não consegue sair disso agora,etc.Acho q estou tão dentro do problema q não consigo enxergar direito,e não contei isso p/ninguém.De qualquer forma,super obrigado,quero registrar aqui o quanto te admiro!Bjs.
ResponderExcluirGrato por suas palavras, Lúcia. Boa Sorte para você e continue seguindo meus "conselhos".
ResponderExcluirDr. Luiz Alberto,mais uma vez estou aqui, pedindo seu auxilio, sou Leandra, e sempre falei com vc na postagem sobre ciúme.
ResponderExcluirNão sei ao certo, se devo falar nesta postagem, mas vamos lá.
Olha, meu coração está em mil pedacinhos pq minha relação ainda não vai bem. Como te diz ,tive uma nova chance para ficar com meu amor, mas parece que as feridas não cicratizaram. Sinto que ele ainda está muito magoado, e toda vez que tenho a chance, de mostrar a ele que mudei, piso na bola e ele sai contrariado.
Sinto que ele me ama, mas eu estou destriundo nosso amor, parece que tem vibrações ruins ,me comporto de maneira que ele não gosta.
exemplo: sabado, estavos em um reuniãozinha de amigos em minha casa, bebi além , falava alto, não media as palavras, ficava implicando ele, este tipo de coisinha.
Sabe, minha amiga que estava, diz assim para mim no outro dia: Ele te ama , porque então já tinha terminado há muito tempo, porque vc ache de maneira que não dá para suportar com ele.
Não é facil ouvir isto.
É doloroso.
Sabe, aquele orgulho que ele tinha de mim, tudo que eu falava ele dava maior atenção, via amor nos olhos dele. Isto durante muitos anos, 6 anos. agora nos ultimos 2 anos, meu ciúme destruiu boa parte deste amor, desta admiração.
E agora depois que passei a ler suas opiniões,estou tentando mudar...mas não tá fácil.
O que fazer?
Estou muito triste, sei que ainda tem amor no coração dele. Mas ele tá muito magoado, e alem de tudo previnido, sabe aquele homem que a qualquer hora sabe que posso aprontar uma com ele? que posso magoa-lo? que posso aprontar uma crise de ciúme.
Dr. Luiz presciso muito de sua opinião sobre meu caso e também sugestões, para que eu possa proceder de modo que ele veja, que eu cresci.
Abraços
Leandra
Cara Leandra.
ResponderExcluirVocê fala em mostrar para ele como cresceu e mudou, mas para isso precisa primeiro crescer e mudar de verdade. Não basta dizer para si mesma e se convencer de que cresceu se não tiver crescido realmente.
Penso que você precisa ser muito cuidadosa com seu comportamento e aprender a não implicar nem provocar desnecessariamente seu namorado. Isto quer dizer crescer de verdade, amadurecer e se comportar bem, controlando o que diz e o que faz.
Não existe milagre, mas muito esforço no processo de crescimento. É necessário muita dedicação, muita atenção e muito auto controle para amadurecer.
Para terminar, um conselho: se não sabe se comportar quando bebe, não beba.
Boa Sorte e empenho para você.
CARO DR LUIZ,
ResponderExcluirLÍ SUA MATERIA NA REVISTA CARAS E ACHEI EXCELENTE..PERFEITA..
E ESTOU PASSANDO UM MOMENTO COMPLICADO EM MINHA VIDA
ONDE TENHO IDO A SESSÕES COM PSICÓLOGA E A CONSULTÓRIOS DE PSIQUIATRAS
MAS NÃO TENHO TIDO MELHORA E NEM TENHO CONSEGUIDO
ENTENDER A SITUAÇÃO E NEM SEI MAIS COMO AGIR..GOSTARIA DE SUA OPINIÃO.
SOU DE MG , CIRURGIÃ DENTISTA , CASADA HÁ 20 ANOS E SEPARADA 9 MESES MAS DE PAPEL HÁ 1 MES
ATÉ ENTÃO VIVIAMOS MTO BEM E FUI SURPREENDIDA COM A SAÍDA DE MEU MARIDO REPENTINAMENTE DE CASA
ALEGANDO DESGASTE DE NOSSO CASAMENTO, E QUE TENHO CIÚME DOENTIO , O QUE NÃO É VERDADE POIS FIZ DURANTE CINCO ANOS CURSOS FORA ,DE APERFEIÇOAMENTO E ESPECIALIZAÇÃO E NUNCA ME PASSOU PELA CABEÇA TRAIÇÃO DE NENHUMA DAS PARTES VISTO QUE PARA MIM ESTAVA SENDO FELIZ
ELE É UM ÓTIMO MARIDO E PAI ,RESPONSÁVEL ,TRABALHADOR..ETC
AGORA , MESMO DEPOIS DE NOSSA SEPARAÇÃO NOS PAPÉIS CONTINUAMOS A NOS RELACIONAR -ALÍAS ISTO DESDE QUE ELE SAIU DE CASA,SEMPRE FICAMOS JUNTOS ,ELE TEM MOMENTOS DE HUMOR NORMAL E AS VEZES ME OFENDE BASTANTE ,O QUE NÃO CONSIGO ENTENDER ..E TBEM NÃO CONSIGO TOMAR UMA POSTURA FIRME PARA EVITAR ESSE RELACIONAMENTO
POIS GOSTO MTO DELE E TENHO MEDO DE PERDE LO TOTALMENTE-MAS ELE NÃO QUER VOLTAR PRA CASA E DIZ QUE A VIDA DELE NÃO ESTÁ UM MAR DE ROSAS COMO PENSO..AS VEZES ATÉ CHORA..
ELE FREQUENTA MINHA CASA TODOS OS DIAS , AS VEZES ALMOÇA , OU TOMA CAFÉ DA MANHÃ COMIGO MAS ,O JANTAR É TODO DIA AQUI,
NÃO ME DEIXA FALTAR NADA, ME PRESENTEIA , MAS TBEM AS VEZES ME OFENDE ,,NÃO SEI ATÉ QDO VOU SUPORTAR... POIS QUERO UM CASAMENTO ONDE HAJA COMPANHEIRISMO E CUMPLICIDADE ...E ACHO QUE ESTOU LUTANDO ATOA...VC PODE ME DAR UMA LUZ PARA CLAREAR ESTE IMPASSE,ANDO AFLITA ,QUASE NÃO DURMO E ESTOU CADA DIA PERDENDO PESO E NEM ANDO CONSEGUINDO TRABALHAR DIREITO..SE PUDER ME DAR UMA OPINIÃO DO QUE SE PASSA ..FICO LHE MTO GRATA.
MÁRCIA
Cara Márcia.
ResponderExcluirEstá claro que o casamento que você deseja ele não pode lhe dar. O que ele deseja e busca é essa relação que vocês estão vivendo.
Se ela é realmente insatisfatória para você, desista dela. Já que ele não pode lhe oferecer o que você quer, é necessário buscar essa casamento com outra pessoa. Para isto, é preciso que você o afaste e se afaste dele, para abrir espaço para outro.
Enquanto você continuar a manter essa espécie de namoro com seu ex-marido, nada vai acontecer na sua vida e a relação de vocês não mudará. Há uma pequena possibilidade de que ele se decida a voltar ao casamento no caso de você interromper o relacionamento que estão mantendo. Mas penso que não deve contar com isso, se acontecer, melhor, se não, lute para encontrar o parceiro adequado para você.
Gostaria de saber o que você acha deste meu comentário.
Boa Sorte.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirDR LUIZ..
ResponderExcluirGRATA PELA SUA RESPOSTA.TENTAREI COM TODAS AS MINHAS FORÇAS ESTE AFASTAMENTO..
QTO AO QUE PENSO ,É ISTO MESMO POIS A SITUAÇÃO PARA ELE ESTÁ MTO CONFORTÁVEL. PRA MIM É QUE É DIFERENTE, POIS CONTINUO COM OBRIGAÇÕES E COMPORTAMENTO DE CASADA.APENAS QUESTIONO A POSSIBILIDADE DE ALGUM TRANSTORNO MENTAL,, VISTO QUE NA FAMILIA DELE ,TER ALGUNS CASOS DE ESQUISOFRENIA..,O QUE VC ACHA?? FAZ ALGUM SENTIDO ...DEVIDO ESTES TRANSTORNOS DE HUMOR E COMPORTAMENTO??COISAS COMO TIRAR SATISFAÇÕES COM TODOS ,ARRUMAR ENCRENCA E VER PROBLEMAS ONDE NÃO EXISTE..??
ABRAÇOS ETERNAMENTE AGRADECIDA
MÁRCIA
Márcia.
ResponderExcluirO que você descreve em relação a ele me parece ser um distúrbio moderado de personalidade, sem chegar à psicose. O que não o impede de eventualmente ter um episódio psicótico.
Creio que a melhor maneira de você ajudá-lo consiste em se manter distante para ter mais ascendência sobre ele no momento necessário. A proximidade e a intimidade facilitam a ele ter pouca consideração e dar pouco valor a você.
DR LUIZ..
ResponderExcluirMAIS UMA VEZ OBRIGADA ...PELA SUA ATENÇÃO ,SE MORASSE NO RIO COM CERTEZA IRIA NO SEU CONSULTÓRIO ..POIS A MINHA PSICÓLOGA MANDAVA EU AGIR ASSIM SEMPRE PASSIVA , PARA NÃO PERDER O CONTATO QUE RESTAVA ,ABAIXAR O TOM DE VOZ ,MAS NÃO SOU ASSIM SOU EXTROVERTIDA ,DE FACIL AMIZADE DAÍ ELE IRIA VER UMA PESSOA QUE NUNCA FUI .
TOTALMENTE DIFERENTE DE QDO ME CONHECEU.ELA CHEGOU A ATENDE LO UMAS 3 VEZES E DISSE QUE A AUTO ESTIMA DELE ESTAVA BAIXA E COM GRANDE SENTIMENTO DE INFERIORIDADE ,MAS ACHO ESTRANHO QUE ELE AJA TOTALMENTE O CONTRÁRIO, INFLEXIVEL, ARROGANTE E ORGULHOSAMENTE TOTALMENTE DIFERENTE DO QUE ERA ANTES.. SENSATO ,EQUILIBRADO, HUMILDE ..ETC
ACHO ERRADO TBEM A PSICOLOGA ATENDER NÓS 2 SENDO QUE NÃO ERA TERAPIA DE CASAL CONCORDA??FICOU PARECENDO SESSÃO DE FOFOCAS POR ISSO JÁ ENCERREI,,,MEU PSIQUIATRA ME PRESCREVEU FLUXETINA ,E METADE DE UM RIVOTRIL PRA NOITE ,E ESTOU UM POUCO MELHOR ...ESTA SITUAÇÃO SE DEUS QUISER TEM DE TER UM FIM.
GRATA MAIS UMA VEZ POR SUA ATENÇÃO ESPECIAL
ABRAÇOS
DR LUIZ..
ResponderExcluirACABEI DE LER -MISTÉRIOS DO CORAÇÃO
ÓTIMO , MTAS FRASES PARA REFLETIRMOS..GOSTEI MUITO DAQUELA
´` A LOUCURA É FEITA DE CERTEZAS´ ,,
O LIVRO ESTÁ O MÁXIMO ,ADOREI..
ABS
CORRIGINDO
ResponderExcluirMISTÉRIOS DA ALMA --
ALGUNS PENSAMENTOS E SUAS HISTÓRIAS.
E NÃO MISTÉRIOS DO CORAÇÃO, COMO DISSE ANTERIORMENTE
MTO BOM MESMO,
Dr. Luiz Alberto, bom dia!
ResponderExcluirEsta acontecendo algo comigo que gostaria muito de saber sua opinião. é sobre meu relacionamento sexual com meu namorado. Namoro há muito tempo, e o sexo sempre foi maravilho, cheio de paixão. E de carinhos. Eu sou uma mulher muito ativa sexualmente, não sei como dizer com palavras corretas e mais discretas a voce, mas o tipo de orgasmo que mais gosto é o vaginal, e por este motivo, nosso ato sexual sempre foi mais para este lado de...sabe né? , só que tambem sempre ouve as caricias.
Hoje com o passar dos anos nosso sexo é quente, gostoso, gozamos bastante, eu e ele. Ele sempre fazendo questão de me satisfazer. Mas num sei se até mesmo por mim , ter focado demais no ato vaginal , parece que as caricias foram esquecidas.Continua quente, até admiro pq minhas amigas que namora tanto tempo que eu, já estão mais acomodadas, agora nós não, é aquele pique.
E não é que é só aquilo, nos abraçamos , beijamos até,falmos, palavras de amor, de paixão , palavras mais quentes, depende da ocasião.
Mas o que me falta, é aquele carinho, tipo assim, passar mais a mão em meu corpo.
sim é isto, as mãos dele em todo meu corpo. Nossa parece que agora tive mais certeza que o que falta, é as mão dele em mim.
Dr. LUiz, como voce me orienta sobre isto? como falar com ele? diretamente, ou aos poucos?
Temos tanta liberdade, mas neste caso to fechada. Me aconselhe por favor...
Ana Miriam
Caro Dr. Luiz Alberto,
ResponderExcluirLi vários de seus artigos relacionados à perda de um amor, situação que estou enfrentando dentro de um estado depressivo paralizante. Quero entender por que me sinto assim se esse final era previsível e eu esperava por ele desde o começo. Vou tentar resumir: fui casada por 24 anos e me separei após o pior caso de infidelidade de meu ex-marido. Foi um processo doloroso, mas, como li em seus textos, o sofrimento foi passando qdo eu me envolvi com um rapaz 20 anos mais novo do que eu. Namoramos, surpreendentemente, por 6 anos, sempre com grande sintonia afetiva e sexual. Mas, por causa dessa diferença de idade, sempre tive em mente que, um dia, ele ia querer outra vida, casar, ter filhos, como todo jovem de sua idade. Um ano atrás, nos afastamos e ele teve um rápido relacionamento. Já foi uma situação bem dura para mim, pois aí percebi o quanto o amava e o quanto me fazia falta. Nunca mais voltamos de verdade, mas também nunca deixamos de ter contato. Instalou-se um ciclo de aproximações e afastamentos. Entre maio e junho deste ano tivemos mais contato do que vinha acontecendo, o que me fez acreditar que poderia ser o início de um retorno mais efetivo; todas as aproximações partiam dele, assim entendi que ele queria estar comigo. Nesses últimos tempos, meu amor cresceu absurdamente, deixei as defesas de lado, e já estava vislumbrando uma conversa para definirmos melhor esse relacionamento, uma vez que chegava ao meu limite essa não definição do que estávamos vivendo. Mas nem deu tempo. Veio mais um afastamento e imediatamente entendi que ele estava com outra pessoa. Isso já era um código entre nós. Entendi também que estava acontecendo o que eu esperava desde o início, mas nada do que eu racionalize consegue aplacar a dor que estou sentindo. Pela internet fiquei sabendo que ele está praticamente "casando" com uma jovem que já tem um filho, está, enfim, realizando seu desejo de ter sua própria família. Isso arrasou meu coração, também por causa da rapidez com que tudo aconteceu para ele. Mas, se eu sabia que seria assim, por que está tão difícil lidar com a situação e sair desse estado depressivo? Para piorar tudo, há mais de ano também amargo a falta de emprego. Tenho feito alguns trabalhos temporários, mas isso não está conseguindo trazer minha auto-estima para cima. E como estou perto de completar 52 anos, me parece que nem trabalho, nem um novo amor têm chance de acontecer novamente em minha vida.
Que saída eu tenho?
Agradeço sua atenção.
Regina.
Este comentário responde à Ana Maria e mais abaixo à Regina.
ResponderExcluirCara Ana Maria, creio que agora, já sabendo melhor o que está faltando, você vai criar coragem e comentar com seu namorado o assunto. Afinal, vocês têm tanta intimidade que será fácil, penso, vencer a timidez.
Cara Regina, inicialmente sugiro que você leia, ou releia se já tiver lido, o texto inicial que publiquei aqui sobre para os feridos pelo amor. Existem ali algumas idéias que lhe podem ser úteis.
Penso que se temos energia e entusiasmo acabaremos por encontrar um parceiro para a vida. Mas é preciso esperar o momento oportuno, sarar as feridas para então recomeçar a vida amorosa.
Quanto à questão de seu trabalho, em vez de buscar emprego, coisa cada vez mais difícil e precária hoje em dia, procure focar em trabalho. Prepare-se para ser autônoma e tirar o melhor proveito de suas capacidades profissionais.
Boa Sorte.
Espero que vocês comentem estes meus comentários.
Nobre Dr. Luiz, é com muita satisfação que lhe mando este comentário e gostaria de saber do Sr., apesar de já estar focado na minha realidade, qual o melhor caminho que devo seguir neste momento tão doloroso, que é a perda de um amor, pelo menos da minha parte. Antes, porém, mister que me apresente e teça um breve relato de minha "via crucis". Vamos lá:
ResponderExcluirTenho 37 anos, sou libriano, profissional liberal e me considero uma pessoa tímida e com bloqueios que acredito ter vindo da infância (sou filho de pais separados desde que tinha 3 anos)- às vezes fico deprê e dou um tempo de uns dois dias sem querer ver ninguém, nem a ex (isso, umas duas vezes ao ano, principalmente por questões financeiras). Já tive alguns relacionamentos duradouros e, dentre estes, um que me deu uma filha, hoje com 10 anos e é a razão de meu viver. Ela vive com a mãe, porém, está comigo quase que todos os dias. Tenho um relacionamento amigável com a outra ex, mãe de minha filha.
Com relação ao caso em apreço, o qual é motivo de meu sofrimento e minhas indagações, tive um relacionamento com uma mulher que, dentre namoro e noivado, transcorreram 4 anos, dos quais, houveram brigas (o que é normal), mas sempre houve reaproximação e volta. Desta vez, após alguns problemas do relacionamento (um dos motivos era a amizade que tenho c/ a mãe de minha filha, apenas profissional), ela retirou sua aliança, me entregou e disse que havia cansado e que estava acabando tudo. (Ela já havia feito isso mais duas vezes anteriormente). Quase morri de tanta dor... Fazem hoje 1 mês e meio de término. Ela é virginiana e muito possessiva (tem 31 anos), com gênio forte e inconstante em seus ideais (trabalho, família e amizade). Apesar de a família dela ter posses, ela se formou e não fez nada na vida. Estava à procura de trabalho.
Duas semanas após o término, ela me ligou e indiretamente sugestionou uma volta, com várias condições, dentre estas a de total afastamento c/ a mãe de minha filha, coisa que p/ mim é difícil de aceitar, pois sou muito grato a esta pessoa, pois foi ela quem me deu o início profissional e levantou sua mão qdo ninguém quis fazer. Sou muito grato a ela e não tem como deixar de lhe atender quando solicitado, mas sem contatos outros, que não o relacionamento entre pais de uma filha em comum.
Inicialmente, relutei e fiquei na minha. Após isso, a ex viajou p/ uma cidade vizinha p/ se afastar de mim (segundo ela para não sofrer se me visse), ficando hospedada na casa de uma amiga. Isso, fez com que ela tivesse uma proposta de emprego e, apesar de eu ter tido com ela nessa cidade (20 dias após o término - ela me ligou e me chamou lá), e, ter ficado quase certo nossa volta, dois dias após ela mandou uma msg dizendo que era p/ gente deixar como estava e que talvez futuramente a gente veria no que dava, apesar de ela ter me dito na última vez que encontramos que me amava demais e que eu era o único homem que ela queria p/ viver consigo. Já faz duas semanas que se passou isso e, apesar de eu ter mandado algumas msgs ter tentado lhe telefonar, ela não responde e sequer retorna, dando a nítida impressão que se arrependeu da tentativa de volta e, agora, está com a consciência pesada de me dar o "segundo fora" (indiretamente ela já o fez), pois soube que seu emprego é quase certo na cidade vizinha, onde ela está atualmente. Sei que isso é provisório (ela não tem firmeza de atos) e quiçá ela se arrependerá destes atos, mas, como estou sofrendo muito e, quero, acima de tudo, me livrar disso, pode ser que futuramente, caso ela me procure, não a querer de volta, pois quero dar outro rumo à minha vida. Concluindo, Dr. Luiz, nosso relacionamento era de uma solidez, que a casa que seria o lar do casal já está em fase final de acabamento (que construí e iríamos nos casar no final do ano), bem como o enxoval dela já estava pronto. Pergunto: Será que poucos dias (da tentativa de volta p/ a proposta de emprego) foi o suficiente p/ que ela jogasse tudo para o alto, renunciasse nosso amor, tendo ido morar com "amiga", ou que na verdade o amor que eu acreditava era na verdade uma "bijouteria" e não jóia rara?
O que faço: fico na minha tentando melhorar e procurar novos rumos ou "mendigar migalhas - como o Sr. disse numa sua matéria", esperando que ela se arrependa e volte. Estou mal e decepcionado, pois aprendi que não temos um pingo só de garantia nos nossos relacionamentos, pois a qualquer momento, a outra metade pode nos tirar o chão e nos deixar "a ver navios". Me dê uma luz, Dr., pois de todas as matérias que li na net (p/ me acalentar), as que o Sr. escreveu foram as mais viáveis e oportunas, de uma sabedoria ímpar. Muita paz e fé p/ o Senhor que é de uma nobreza única, ao ajudar as pessoas que necessitam de amparo moral com sua vivência profissional.
Dr Luiz,
ResponderExcluirSim, já li e reli seu texto inicial, entre muitos outros, e sei que devo fazer a "eutanásia" de que o senhor fala. Só não sei como. Há mais de três meses é o que venho tentando, mas está difícil, parece que nunca saio do mesmo lugar...
Respondendo a Senanzo e a Regina.
ResponderExcluirCaro Senanzo. Todos nós levamos um tempo até aprender o que realmente é amor. Penso que o fato de seus pais terem se separado muito cedo pode ter privado você da oportunidade de ser testemunha íntima de uma relação amorosa.
Reconhecer o verdadeiro amor de um parceiro é fundamental para podermos nos entregar à relação amorosa com um mínimo de confiança. No seu caso, você descreve uma parceira que não mostrava ter amor, pois amor significa respeito, consideração e identificação com o outro. Ao lhe exigir deixar de ter contato com a mãe de sua filha ela está evidenciando desrespeito pelos seus sentimentos e falta de identificação com você.
Além disso, possessividade e ciúme são claros sinais de falta de amor. Pois amor implica em confiança e liberdade de parte a parte.
Sugiro que você viva o luto desta relação e aprenda o que puder deste fracasso. Prepare-se para encontrar uma parceira com sentimentos mais sólidos de interesse por você, carinho, respeito, admiração (recíproca) e, claro, sexo satisfatório. Esta é a base do verdadeiro amor.
Permita-me sugerir a leitura de meu livro "Saber amar", Editora Rocco - 2006. Penso que poderá lhe ajudar, principalmente as partes dedicadas a auto-estima, ciúme e separação.
Cara Regina. o processo de "eutanásia" passa por várias etapas de luto como: negação, raiva, depressão, aceitação. Os sentimentos das pessoas oscilam principalmente entre a raiva e a depressão.
Procure aceitar, perdoar e entender que isto não é tão grave quanto as muitas tragédias que podem acontecer na vida das pessoas. Este processo, lamento dizer, pode durar até um ano, mais do que isso já é doentio e indica a necessidade de um tratamento. Espero que em bem menos tempo você já esteja pronta para recomeçar sua vida amorosa.
Boa Sorte a ambos. Voltem a escrever para contar as mudanças ou a falta delas.
Recebi esta carta com autorização para colocá-la aqui, junto com minha resposta.
ResponderExcluir"Ola. Tenho 29 anos. Convivi com um rapaz por um
> bom período(quase 2 anos) sem assumir um relacionamento. Não sei se isso é
> possível, mas apesar de estarmos juntos todos os dias e finais de semana ele
> não queria assumir nada comigo. Recentemente, conversamos e falei que ele
> precisava se decidir, pois do jeito que estava não dava mais. Pasmem! Ele
> não quis assumir. Apesar dele falar infinitas vezes que eu fui a pessoa que
> mais trouxe alegria e cor na vida dele ainda sim faltava algo. Depois de
> muitas conversas e muita insistência, ele resolveu falar o que faltava...
> Ele disse que eu não gostava de malhar, e por isso ele achava que não ia dar
> certo! Ele queria alguém que o acompanhasse no clube sempre e isso eu não
> fazer. Na tentativa de contornar a situação e trazê-lo para perto de mim, eu
> falei que poderia ir no clube assim as vezes torcer pra ele, mas isso foi
> pouco para ele mudar de atitude
> Perguntei pra ele onde a minha essência e o meu bom coração entrava nessa
> historia toda, ele falou que isso não era importante, pois ele queria alguém
> que o acompanhasse no clube sempre. A pergunta é: Como a forma física e o
> exterior são mais importantes que a paz no coração?
> Senti uma tristeza e uma decepção que eu ainda não sei explicar! Em um curto
> intervalo de tempo senti vergonha de existir e amar uma pessoa como ele.
> Apesar de saber que ele se acha o “tal”, jamais pensei um dia ouvir isso na
> minha vida... Me machucou profundamente!
> Nesses quase 2 anos de convivência, ele sempre falava que eu era importante
> na vida dele. Viajamos juntos, ele conheceu a minha família em Salvador no
> carnaval, conheci a família dele, damos gargalhadas juntos...Mas, mesmo
> assim o fato de não gostar de malhar me desqualificou para ser sua namorada!
> Gostaria de pedir uma luz....Com Carinho, Carol
Prezada Carol. Sei que você está sofrendo, mas é bem possível que tenha sido melhor ter esta decepção agora do que mais tarde. Sem conhecer seu namorado, arrisco dizer que ele deve dar uma enorme importância à aparência, principalmente ao corpo e é possível que a exigência dele e a disposição para terminar o namoro se deva ao fato de você não apresentar o corpo que ele gostaria que você tivesse, malhada e possivelmente mais magra. Se eu estiver correto, a dificuldade dele em falar diretamente o que sente e o que pensa pode tê-lo levado a usar a ida ao clube como uma forma de pressionar você a praticar ginástica.
De qualquer forma, o que está claro é a falta de afinidade entre vocês em uma questão que ele parece considerar fundamental, além da falta de diálogo, de franqueza e transparência fundamentais em uma relação amorosa.
Sugiro que você leia o texto que escrevi na abertura desta postagem, pois há muitas idéias colocadas lá que podem ajudá-la a atravessar melhor este período difícil. Penso que esta relação de dois anos que você teve pode vir a se tornar uma experiência muito positiva, na medida em que lhe ajude a compreender melhor as peculiaridades e dificuldades da relação de casal.
Desejo Boa Sorte a você e aguardo suas notícias.
Prezado Luis, muito OBRIGADA pelas palavras de carinho e conforto. Sem duvida alguma isso serviu de aprendizado. Quando resolvi escrever para vc (pois sou fã das suas palavras), eu estava realmente triste e decepcionada. Nao por ele nao querer continuar o namoro, pois isso é um direito dele e ninguem é obrigado a gostar da gente. Mas, a decepção ela foi inevitavel! Foi uma pena não ter percebido a essencia dele antes... Apesar de ter me dado varias "dicas" durante a convivencia, eu achei que a alegria de estarmos juntos era maior do que isso. Sem querer acho que me sabotei! A lição é: Não de prioridade a alguem que te enxerga como opção. Hoje estou melhor, e mais confiante na vida! No fundo foi ele que perdeu.... Obrigada e ainda vou lhe dar noticias. Muita paz e luz no seu coração. Carol
ResponderExcluirOi Dr. Luis Alberto.
ResponderExcluirEncontrei um homem muito romântico, sempre me mandava flores, fazia declarações de amor. Todos ficavam admirados com o carinho que ele tinha por mim. E eu também sempre procurava retribuir este carinho. Falava-me diariamente o quanto me amava e eu fiquei muito apaixonada por ele.
Estávamos namorando há 7 meses. No início foi tudo muito maravilhoso, mas eu na minha ingenuidade contei pra ele como sofri com meu outro relacionamento, contei das pessoas que passaram na minha vida, enfim contei sobre tudo. Mas nunca deixei de ressaltar o quanto sofri com eles e que não queria mais nenhum em minha vida.
Em 7 meses de namoro, ele quis terminar comigo 6 vezes. Algumas vezes alegava ser muito diferente de mim. Somos da mesma classe social, mas ele foi criado na roça, tendo que trabalhar desde pequeno, teve uma vida bem simples, o que eu admiro muito. Outras vezes dizia que eu colocava demais meu ex na nossa relação (é que eu tenho um filho com meu ex e no começo do meu namoro ele me procurou, fez chantagens, chegou a procurar o meu namorado e ameaçá-lo se nos visse juntos. Minha intenção era só me desabafar). Depois começou a falar que tinha muito ciúme de mim, que queria que eu o respeitasse mais, pediu que eu não fosse a festas ou outros lugares sem ele, que não falasse com outros homens. Começou a ficar de cara feia nos lugares onde tinham muitas pessoas conhecidas (principalmente os meus ex-casos). Pra ver se melhorava a situação, fiz tudo o que ele me pedia, comecei a sugerir que ficássemos em casa, tomando um vinho e namorando. Mas mesmo assim ele sempre arrumava alguma coisa e brigava comigo. O fim da nossa relação se deu porque eu tomei um antidepressivo que me abaixou muito a libido, ele ficou chateado achando que não estava me satisfazendo. Eu parei de tomar pra ver se melhorava, mas não melhorou. Não sei se foi só por isso que minha libido diminuiu, acho que me decepcionei um pouco com o ciúme excessivo dele. Expliquei-me, falei que isso pode mesmo acontecer com muitas mulheres, disse que iria procurar um médico e tentar sanar o problema. Mas ele não me entendeu, disse que isso nunca havia acontecido com ele, que havia alguma outra coisa por trás disso (insinuou que eu estava pensando em outro e que não o desejava mais). Ele disse que ter contado com quem me relacionei atrapalhou tudo.
Em todas as vezes que ele terminou comigo, eu sempre fui atrás pedi perdão pelas vezes que eu achava ter errado, propus mudar meu jeito e mudei bastante. Fui compreensiva, me coloquei no lugar dele e vi que em muitas vezes ele estava certo.
Gosto muito dele, mas fico em dúvida se o que ele sente por mim é mesmo amor, como ele diz.
Gostaria muito de saber sua opinião sobre meu relacionamento.
O que plantei pra colher desconfiança, ciúme e incompreensão?
Obrigada.
Nobre Dr. Luiz, espero que o Sr. esteja na santa paz.
ResponderExcluirJá li o primeiro livro "saber amar" e é uma pena que não o tenha lido antes do meu problema ter começado, pois com o aprendizado que ele proporciona com certeza teria dado outro rumo à minha vida e quiçá hoje não estaria sofrendo como estou, mas procurando melhorar. Não tenho críticas à obra, mas apenas elogios, devido à propriedade da obra, que, num linguajar simples, mas profundo e encorajador ao mesmo tempo, diz tudo sobre relacionamento entre um casal, desde o início até lamentavelmente à separação,quando esta ocorre. O Sr. tá de parabéns pela obra e assim que ler os outros livros faço outros comentários que com certeza serão de mesmo jaez.
Um forte abraço e que Deus sempre ilume vossa vida para que sempre possa dar um pouco do Sr. a ajudar a tantos que necessitam, como foi meu caso, nessa inevitável sequência da vida.
Cara anônima de 17 de outubro.
ResponderExcluirInicialmente quero me desculpar pela demora em lhe responder, mas tive um período de muito trabalho que me impossibilitou dar a atenção devida às pessoas que me escrevem.
Penso que as dificuldades na relação que você relatou estão muito mais ligadas ao seu parceiro do que a você. Segundo sua descrição ele parece ser uma pessoa de difícil convívio.
Acho que você deve pensar bastante se vale a pena todo o esforço que está fazendo para procurar amenizar as dificuldades emocionais de seu parceiro. Lamento, mas vejo com pouco otimismo o futuro dessa relação.
Penso que você aprendeu bastante com esta experiência, o que certamente lhe vai ser útil em uma próxima oportunidade que deve ocorrer em breve. Desejo a você Boa Sorte em sua busca de um companheiro que seja mais do que simplesmente carinhoso e inseguro.
Caro Senanzo.
ResponderExcluirQuero lhe dizer que estou muito grato por seus generosos comentários. Palavras como as suas me dão energia para continuar o trabalho.
Um grande abraço e aguardo suas observações sobre meus outros livros.
Luiz Alberto Py
ResponderExcluirSou do sexo feminino, tenho 47 anos. Vivi
um casamento durante 26 anos e que já havia terminado há uns 5 anos ou mais,
mas continuávamos juntos.Meu casamento foi marcado por muitos ciúmes e
desconfianças por parte do meu ex-marido. Sofri demais com isso e sempre
procurei preservar nosso casamento, sendo-lhe extremamente fiel,
respeitando-lhe e procurando não dar qualquer motivo para inseguranças. Me
anulei bastante no relacionamento e o \"empurrei de barriga\" por muito
mesmo sabendo que já havia terminado o meu amor por ele, porque recebi uma
educação rígida e não admitia o seu fim, além disso o ex possuia inúmeras
qualidades que neutralizavam um pouco seu defeito, além de me amar demais e
ser extremamente fiel.Enfim, durante o relacionamento, fui sendo acometida
de uma tristeza e um vazio que eu procurava preencher com atividades
domésticas, cursos, dentre outras.Por fim cheguei a conclusão de que não
dava mais rompi, inclusive legalmente !
foi tudo concretizado. Fiquei aliviada, certa de que já não gostava mais
dele e convicta de que fiz tudo o que podia por este casamento. Mas ainda
asssim o sentimento de vazio não me abandonou. Conheci recentemente uma
pessoa que mexeu bastante comigo, quando estou com ele sinto-me bastante
feliz e segura e quando estou longe, sinto-me vazia, triste, desanimada com
as atividades que já desenvolvia, todas elas perderam a graça e fiquei
extremanente insegura com relação ao relacionamento, estou neurótica com
medo de perdê-lo. Isso tem feito mal ao início do relacionamento, pois tenho
demonstrado minha insegurança para ele. O vazio que sinto na sua ausência é
totalmente preenchido quando estou com ele e porisso gostaria de estar o
tempo todo em sua companhia. Estou na terapia, mas às vezes penso em
procurar um psiquiatra com medo de estar com depressão. Baseado nestas
poucas informações o Sr. acha que posso estar num processo depressivo? Isso
tem me incomodado pois fui sempre !
muito segura e \"dona\" dos meus sentimentos, além de que temo!
que por
algum motivo esse relacionamento não dê certo e eu entre em desespero com a
perda. Por favor diga-me algo que possa me ajudar.
Cara Altair.
ResponderExcluirSe este relacionamento não der certo, um outro poderá dar. Creio que você têm muito ainda a aprender sobre como se relacionar com homens adultos.
O importante é ter confiança e serenidade para levar avante o relacionamento. É compreensível sua ansiedade, mas não permita que ela atrapalhe o encontro de um bom parceiro.
Confie em você e verá que tudo pode dar certo. No caso de não conseguir controlar sua ansiedade, procure um bom psiquiatra, pois ele poderá lhe ajudar, mas penso que mesmo sozinha você vai dar conta de superar as dificuldades.
Querido Dr.Luiz,obrigado pelo retorno,autorizo a publicaçao do meus depoimentos...(leonardo 39 anos)...Aguardo ancioso uma altenativa...abraços..
ResponderExcluirDr. Luiz, ainda sou eu a Altair, se possível gostaria que o Sr. fosse mais específico sobre "...aprender a se relacionar com homens adultos..." até pque eu me considero muito adulta e já superei tantos obstáculos que somente uma pessoa adulta poderia superar. Também gostaria de enfatizar que a minha preocupação tem sido com meus sentimentos. Até que ponto o que estou sentindo é uma paixão ou uma depressão. Porque conforme eu disse às vezes sou acometida de uma tristeza, desinteresse e desânimo por tudo inclusive por coisas que antes me davam prazer. Hoje uma das únicas coisas que me dão muito prazer é estar com essa pessoa e qdo não estou com ele tudo perde o sentido. Me preocupo com isso pois, venho de uma relação até certo ponto segura que durou 26 anos. Não sinto absolutamente nada pelo ex-marido e estou certa de que tomei a decisão correta, mas não estou feliz por inteiro, pelas sensações que já descrevi. Gostaria de saber se devo procurar um psiquiatra ou essas sensações são normais devido ao momento que estou vivendo e com o tempo vão passar. Eu quero não me preocupar tanto com o relacionamento que vivo mas sim comigo, o que está acontecendo comigo? Espero sua ajuda e de antecipadamente já agradeço sua atenção. Obrigada.
ResponderExcluirCara Altair.
ResponderExcluirNossa maturidade não ocorre harmoniosamente, alguns aspectos da personalidade amadurecem cedo e outros demoram mais. Você pode ser muito madura em diversos setores de sua vida e menos em outros. Não se ofenda por eu lhe ter qualificado de pouco madura.
Penso que você tem muito pouca experiência em relacionamentos amorosos e esta falta faz com que assuma uma atitude (pouco madura) de supervalorizar seu companheiro.
Por isto lhe disse que outros relacionamentos poderão dar certo, não fique tão temerosa de perder este.
Quanto a procurar um psiquiatra, penso que lhe dei uma resposta útil. Releia com calma e vagar o que escrevi. Espero que você entenda melhor como procurei lhe ajudar. Por vezes a resposta que pedimos não é a que precisamos.
Recomendo que você pratique o que pretende, ou seja preocupar-se consigo mesma em vez de ficar focada em seu namorado. É de dentro de você que vem a felicidade e não dele. Em uma boa relação amorosa as pessoas partilham felicidade, mas não são responsáveis pela felicidade do parceiro.
Espero ter sido mais útil e melhor lido desta vez. Mande notícias. Se preciso, insista para que nós consigamos atingir um diálogo eficaz aqui.
Caro Leonardo.
ResponderExcluirNão tenho comigo seu depoimento. Sugiro que você o publique aqui, para que eu possa responder.
OLÁ GOSTARIA DE UM CONSELHO QUANTO A ROTINA,O QUE FAZER PRA MUDAR,UM RELACIONAMENTO QUE NAO ANDA BEM DAS "PERNAS" NAMORO A 2 ANOS E A POUCO MAIS DE 2MESES ME SINTO COMPLETAMENTE ATRAIDA POR UMA COLEGA DE TRABALHO,E NAO O QUE FAZER,ME SINTO ANGUSTIADA,NAO PRETENDO MAGOAR NINGUEM,MS SINTO QUE QUEM VAI SAIR MAGOADA SOU EU.
ResponderExcluirOLÁ DOUTOR LUIZ,VOU TENTAR RELATAR MINHA SITUAÇÃO.JÁ LHE ENVIEI ALGUNS EMAILS POR ME SENTIR INSEGURA NO RELACIONAMENTO ATUAL E COM CIUMES.ISSO ME OCORREU NO INICIO DO ANO,QUANTO A ISSO VOCÊ ME RESPONDEU E FOI MUITO ATENCIOSO,CONSEGUI REMEDIAR A SITUAÇÃO NAQUELE MOMENTO E VINHA FAZENDO PLANOS JUNTO COM MINHA NAMORADA DE MORARMOS JUNTAS AO TERMINO DA FACULDADE,CONSEGUI UM EMPREGO MELHOR POIS TRABALHAVA BEM LONGE DO BAIRRO ONDE MORO A PRINCIPIO,MINHA MAE NAO REAGIU BEM QUANDO CONTEI SER HOMOSSEXUAL,MAS COM O PASSAR DO TEMPO E COM UM RELACIONAMENTO ESTAVEL DE 2 ANOS MINHA MAE PASSOU A ME TRATAR MELHOR E TENTA COMPREENDER QUE NAO FIZ UMA ESCOLHA,ENFIM A RELAÇÃO COM A MINHA MAE MELHOROU,A MINHA FAMILIA TODA AINDA NAO SABE ATÉ PORQUE ACHO DESNECESSARIO SAIR COM UM CARTAZ DIZENDO O QUE SOU O OU QUE NAO SOU.O MEU PROBLEMA É QUE ESTA PROPOSTA DE NOVO EMPREGO ME VEIO QUANDO EM OUTRO EU JA ESTAVA,AINDA SIM ACEITEI PARTICIPAR DA SELEÇÃO,DESDE O PRIMEIRO TELEFONEMA A PESSOA QUE COMIGO FEZ CONTATO,ME DEIXOU COM A PULGA ATRAS DA ORELHA,OU MELHOR FIQUEI MEXIDA COM A POSSIBILIDADE DE SER UMA BELA PESSOA,QUE GOSTASSE DO MESMO QUE EU,SE É QUE ME ENTENDE,ACEITEI A ENTREVISTA E DENTRO DO QUE ESPERAVA FOI "BATATA" UMA LINDA MULHER,QUE MEXEU COM TODOS OS MEUS SENTIDOS APENAS COM O OLHAR.ACEITEI A PROPOSTA DE EMPREGO POR SER BACANA PRA MIM EM VARIOS ASPECTOS,MAS DENTRE ELES A POSSIBILIDADE DE TRABALHAR COM ELA.SEU PERFUME INEBRIANTE FOI DIA A DIA ME ENCANTANDO,FUI PERCEBENDO SEU JEITO,SUA MANEIRA DE SER E HOJE ACHO QUE ESTOU COMPLETAMENTE APAIXONADA,NAS CONFRATERNIZAÇÕES MENSAIS NOS SOLTAMOS MAIS,PEGO CARONA,E TROCAMOS OLHARES.TENHO MEDO DE DEMOSNTRAR OU FALAR O QUE SINTO POIS NAO TENHO CERTEZA DA OPÇÃO DELA,NAO A VI COM UM NAMORADO AINDA,SEI QUE NAO POSSO ARRISCAR MEU EMPREGO POR UMA POSSIVEL AVENTURA,NEM MUITO MENOS MEU RELACIONAMENTO,MESMO QUE NAO ANDE LÁ TÃO BEM,POR UMA COISA QUE TENHO O MAXIMO DE INCERTEZAS E O MINIMO DE CERTEZAS.FOI UMA COISA MAGICA,DESDE O PRIMEIRO TELEFONEMA,NA ENTEVISTA,NO DIA-A-DIA ,MAS NADA SEI.PROCUREI ACOMPANHAMENTO PSICOLOGICO,MAS ATÉ AGORA A PSICOLOGA NAO ME DEU NENHUM POSICIONAMENTO POIS DISSE ESTAR SEM HORARIO.ESTOU NUM POÇO DE DUVIDAS,POR QUE AO LADO DESTA COLEGA DE TRABALHO SINTO O FRIO NA BARRIGA DE QUANDO ESTAMOS APAIXONADOS,CONTO AS HORAS PARA VIR PRO TRABALHO,E ME CHATEIAM OS FERIADOS,FINS DE SEMANA.NAO SEI MAIS O QUE FAZER E COMO AGIR COM TUDO ISSO.SE PUDER ME AJUDE.
ResponderExcluirUma abordagem amorosa em um situação de trabalho é extremamente delicada. Sem contar a possibilidade de que uma pessoa apaixonada tem de se enganar a respeito dos sentimentos da outra pessoa.
ResponderExcluirMas tudo isto indica que seu relacionamento anterior está muito deteriorado. Penso que você deveria refletir melhor sobre a conveniência de encerrar essa relação e evitar causar um sofrimento ainda maior a uma pessoa que parece não merecer ficar como uma eventual substituta.
obrigado por me responder,estou tao confusa com tudo isso que refletir,realmente nao fiz.gostaria de acrescentar que no momento em que o telefonema sobre o novo emprego aconteceu,meu relacionamento estava bem,muito bem até.o meu proposito é nao magoar ninguem,mas quem esta se magoando sou eu,por acreditar que estou errada em sentir atração por outra pessoa,e justamente do meu trabalho.talves seja culpa da minha acomodação,ou do medo de terminar uma relação "estavel".mas quando o senhor diz que a paixao faz ver as coisas,as atitudes da outra pessoa de uma outra forma CONCORDO PLENAMENTE.EU NÃO SEI O QUE FAZER,NEM MAIS COMO AGIR!!!!!!!!!!!
ResponderExcluirJÁ ME OCORREU ATÉ A IDEIA DE PEDIR DEMISSÃO,MAS ACHO QUE ISSO SERIA COVARDIA LUTEI POR UM BOM EMPREGO,ENTÃO ISSO NÃO POSSO FAZER,SINTO QUE ESTOU TRAINDO A PESSOA COM QUEM ESTOU A 2 ANOS,COM MINHAS ATITUDES E MEUS MOMENTOS DE ANGUSTIA E REVOLTA POR NAO CONSEGUIR DAR UM JEITO NISSO,TENHO MEDO DE QUE COM ISSO MEU RENDIMENTO PROFISSINAL CAIA,POIS TEM ACONTECIDO,IMAGINO QUE PARA O SENHOR NAO HÁ MUITO COMO IMAGINAR COISAS MAGICAS,E TAL POIS ESTUDA A NOSSA MENTE,A LIGAÇÃO QUE FIZ DOS FATOS É SURPREENDENTE.O SENHOR ACREDITA QUE SEJA FRUTO DA MINHA IMAGINAÇÃO??????????NÃO SEI MAS O QUE PENSAR.
ResponderExcluirCara I****
ResponderExcluirComo não lhe conheço, não posso afirmar que o interesse por você da pessoa de quem você está gostando seja fruto de sua imaginação, mas acho que é uma hipótese que precisa ser levada em conta. É muito fácil a gente se enganar e ver o que deseja em vez de ver a realidade quando somos guiados pela emoção e deixamos a razão de lado.
Quanto a abandonar o trabalho é uma proposta tola e absurda. Você luta para conseguir um lugar legal e depois vai deixar de lado por... nada? Procure pensar, acho que está havendo emoção de mais e razão de menos nas suas palavras.
Oi Py!Sou a Lúcia q já te escreveu e tá publicado aí(28/08).Antes de mais nada,não quero esquecer de dizer como te admiro,não só pelo contúdo das respostas,mas,principalmente,por responde-las.Quando estamos tristes assim,nem q não concordássemos com as respostas,já seria,com certeza,um super carinho!(pelo menos p/mim,q estou vendo como vc só é querida qdo tá bem e alegre).Algumas amigas até acham q uma "separaçãozinha"não é um problema,problema de verdade é um cancer,etc.Quero te dizer q estou mais depressiva agora q vejo q ele ficou mesmo com ela e parou de me ligar(ligou última vez 30/10,disse p/eu aguentar firme q tudo ia acabar bem p/nós dois).Moro perto do filho deles e vejo q estão sempre reunidos lá.Dói mto imaginar q ele mente p/mim qdo diz q tá mal,arrependido.Acho q tava me alimentando com as migalhas dele...Consigo ver bem tudo isso,concordo qdo vc diz que..."em uma boa relação amorosa as pessoas partilham felicidade,mas ñ são responsáveis pela felicidade do parceiro.",mas,mesmo concordando inteiramente,ñ consigo ver alegria em estar viva.Estou fazendo terapia desde junho,me forço a sair,mas ñ vejo graça em nada,só sinto vontade de chorar.Sinto até vergonha de constatar isso,devo ser mto bolha mesmo,com quase 50 anos e quase 1 ano de separada...Parabéns mais uma vez,pode ter certeza q ajuda mta gente.Bjs
ResponderExcluirCara Lúcia.
ResponderExcluirAcho que está em tempo de você começar a olhar para os lados e procurar refazer sua vida. Não faz sentido ficar se lamentando por uma perda que é muito mais virtual do que real. Bons companheiros existem, mas é preciso procurá-los e até mesmo correr atrás deles...
Releia o que escrevi no começo desta postagem sobre recém separados. É possível que haja algo útil para você lá.
Vá em frente e não se deixe vencer pela tristeza da perda. A vida continua e o verão está chegando.
Boa tarde,
ResponderExcluirFui casada durante 18 anos e estou separada há 1 ano e 8 meses. Ele me largou por uma mulher mais nova e que eu conhecia e vivia dizendo que era ela, qdo começamos ficar mau na relação.Ele me agrediu muito com palavras, brigamos muito desde que começamos a ficar mau e acho que acabamos nos ferindo e muito, pois NUNCA brigávamos em nosso casamento. Ainda hj nos tratamos às vezes asperamente, mas ele não consegue me olhar nos olhos e todas as vezes que eu peço para nos encontrarmos para falar algo importante de nossos filhos, ele se esquiva e diz que eu sempre quero isso. Tive momentos de loucura qdo ele saiu de casa: me humilhei muito, chorei muito, telefonava muito, pedia para ele voltar......... mas de uns tempos prá cá resolvi que não vou mais me humilhar e que tenho que seguir minha vida, pois ele está de casa montada, faz questão de se mostrar feliz e me diz que não se arrepende do que me fez, somente o que fez pelos filhos. Mas ele continua dando assistencia aqui em casa (ainda não me mudei), paga as contas, me telefona e entra em casa. Sinto raiva que ele está vivendo a vida dele, se achando mocinho (pq quer aparentar um rapaz de 30 e tem 47), sai para lugares da moda, agora viaja bastante.... coisas q comigo nunca tinha $$$.E me joga na cara que se um dia largar essa namorada , nunca irá voltar prá mim.
Não consigo me curar dessa perda, pois me anulei muitos anos, deixando de trabalhar para seguir a carreira internacional dele ( Me vi muito no texto de Caras *Casal que vai viver em outro país em geral expõe a união a duro teste)... quando ele chegou no patamar da carreira, eu não servia mais, pq estava diferente da mulher que ele se apaixonou, depressiva (ele perdeu emprego 3 vezes qdo voltamos ao Brasil e nunca caiu em depressão pq eu não deixei, mas eu sim, caiua depois),sem trabalhar, só com os filhos.... e o sexo muito sem graça.
Bom,só queria um conselho: como faço para perdoar e esquecer tudo isso que está acontecendo comigo???? Sei que tenho que enterrar o passado e seguir adiante a vida, me dar oportunidades de ser novamente feliz, só que realmente não estou conseguindo............. pelo amor de Deus, quero ser feliz, quero ter alegria de viver, de acordar, de olhar pras pessoas..... quero viver e estar bem com meus filhos, que sofreram e ainda sofrem muito com essa situação, pois eu me descontrolei muito qdo ele me largou.
Ah, e para completar, meu pai faleceu no começo desse ano... e meu ex foi 1 dia antes viajar com a namorada prá Miami... qdo nós mais precisávamos dele`´E muito difícil de perdoar..........
Obrigada.
Cara Anônima de hoje.
ResponderExcluirEntendo bem seu sofrimento, mas penso que está na hora de você parar de pensar em seu ex-marido e começar a planejar sua vida. Ocupe seu tempo imaginando o que mais desejaria fazer daqui para a frente.
Procure em seus sonhos de infância e de adolescente quais os que mais gostaria de realizar. Gaste o tempo que for necessário, faça suas escolhas e se organize para dar vida a seus projetos para ums nova etapa de sua existência.
Releia o que escrevi (para os feridos pelo amor) no início desta postagem, principalmente os nove conselhos. Penso que podem lhe ser úteis. Lembre-se de que perdoar não é absolver, mas livrar-se de uma mágoa que só faz mal a você mesma.
Vá em frente que a vida continua. Boa Sorte.
Caro, Dr Luiz Alberto Py,novamente lhe escrevo após os contatos de 17 e 19/11/07.
ResponderExcluirQuero dizer-lhe primeiramente o quão gratificante foi ler seus comentários sobre o problema que lhe apresentei, parabenizo-o e agradeço-o pelas palavras esclarecedoras e que de alguma forma serviram como lenitivo à dor que tenho sentido. Quando sinto-me mal, leio novamente suas respostas procurando absorver completamente o conteúdo e deixo que elas possam penetrar meu íntimo e trazer-me o tão ansiado sossego.
A partir de suas respostas, fiz uma auto-análise, que é um hábito meu e conclui que realmente em alguns assuntos, principalmente os do coração falta-me a confiança em mim.Embora eu me classifique como uma mulher altamente independente e que cuida de todos os demais setores de sua vida com extrema confiança. Percebi também que às vezes sou acometida de uma baixa estima, que não consigo entender a razão, pois sou determinada,profissionalmente independente, interessante, inteligente, culta. E principalmente suas respostas me fizeram enxergar que estou com problemas de ansiedade. Estes talvez, pela separação recente (janeiro deste ano), mudanças na minha vida, inclusive venda de casa e aquisição de outro imóvel, mudança de bairro, enfim acho que não me encontrei ainda. Leio bastante e procuro me avaliar muito, conforme já disse, e li algo a respeito do luto da separação, período pelo qual todos passam,ainda que não houvesse mais amor de minha parte conforme já afirmei.Parece-me então que no auge desta fase encontrei uma pessoa que mexeu muito comigo.
Aliás nesse aspecto tenho feito um esforço sobre-humano para não sufocar meu namorado e acho que estou conseguindo, Deus sabe como, pois minha vontade ainda é estar com ele ou pelo menos falar com ele o tempo todo. A relação está fluindo, mas, ainda me sinto muito ansiosa, embora não deixe transparecer, perco a confiança em mim e me vêm alguns pensamentos ruins como ele não gostar de mim, estar com outra, etc, os quais me deixam mais ansiosa ainda.Tenho tentado não focar tanto nele, mas é difícil pois, penso nele o tempo todo.
Gostaria que o Sr. falasse mais um pouco a respeito disso tudo que lhe falei e ainda me desse algumas dicas sobre o que eu "tenho que aprender sobre relacionamentos com homens adultos", pois quero começar a refletir sobre isso buscando meu crescimento. Por último quero saber qual de seus livros seria mais adequado para me auxiliar nesse momente e como adquirí-lo. Mais uma vez agradeço-lhe.
Oi Py!Não achei o que vc me aconselhou a ler,sobre récem separados...É aquele texto do "para os feridos pelo amor" mesmo?Obrigado.Beijinhos.
ResponderExcluirLucia.
ResponderExcluirLá em cima, no começo desta coluna, você lerá: "conselhos sobre a perda...". Leia, é longo, mas acho que vai lhe ser útil.
Altair.
ResponderExcluirEm sua situação de carência é naatural que você tenha vontade de se comportar como descreve. Felizmente você percebe como seria negativo para sua relação tal comportamento.
Penso que você se beneficiaria muito de ler meu livro "Saber amar", publicado pela editora Rocco. Toda a primeira parte do livro é dedicada aos problemas de auto-estima o que pode lhe ajudar bastante.
Em uma boa livraria você pode encontrar o livro, mas também pode encomendá-lo para mim, pois tenho alguns exemplares para atender as pessoas que têm dificuldade em encontrá-lo. Neste caso, bssts escrever diretamente para mim: luiz@albertopy.com.br e pedir o livro. Darei todas as instruções necessárias sobre como pagar e lhe enviarei um exemplar autografado.
Olá, Dr. Py, sou eu novamente. Já fui a uma livraria adquiri o seu livro e já o li. Adorei a leitura e me fez muito bem. Senti falta de um aprofundamento maior em assuntos de recomeços, ou seja, como no meu caso, as dificuldades de se encarar um novo relacionamento após um casamento tão longo que tenha terminado.
ResponderExcluirDr. Py, estou ainda me relacionando com a mesma pessoa, ele é um divorciado(há 08 anos) que foi traído pela ex-mulher. É uma pessoa maravilhosa, mas se diz com o coração fechado para o amor, complicado e teme que possa machucar as pessoas.Ele hoje diz já ter superado a dor da traição, inclusive é amigo da ex. Eu sempre sinto como se a relação estivesse por um fio, embora ele às vezes demonstre gostar e estar muito bem comigo, inclusive faz alguns planos para o futuro, mas às vezes está ausente e temeroso. Isso faz com que me sinta insegura,não quero cobrar-lhe nada, porque temo que isto possa afastá-lo de mim e sei que uma pessoa há tanto tempo sozinha não admite ser tolhida.Por natureza sou uma pessoa que demonstra o sentimento em toda sua profusão, sou extremamente carinhosa e dedicada e esses atributos em mim são sempre ressaltados por ele demonstrando que ele gosta disso. Mas não sinto da parte dele tanta intensidade, às vezes penso que é pela situação que viveu, ele se retraiu, além de que é tímido e demonstra estar com medo de sofrer novamente ou de fazer-me sofrer. Eu o pergunto, existe uma fórmula ou alguma dica prá lidar com uma pessoa assim e quebrar-lhe a resistência? Tenho certeza que demonstro o tempo todo quando estou com ele, que estou feliz com essa relação e quando não estamos juntos tenho uma necessidade de ligar-lhe (somente uma vez por dia) ou mandar-lhe mensagem (às vezes uma ou duas por semana) prá mostrar-lhe meus sentimentos, prá que ele não se esqueça de mim e prá lhe dar segurança. Será que estou agindo certo? Recentemente, soube que ele disse a uma pessoa que acha que esse namoro não irá durar muito, pois tem o coração fechado e tem medo de magoar as pessoas, isso me deixou muito mal e prá baixo, pois ele é importante prá mim e gostaria muito que essa relação desse certo pois temos várias afinidades.
Aguardo sua resposta. Obrigada mais uma vez.
Oi Dr. Luiz.
ResponderExcluirAcabei de terminar um namoro de 8 meses porque ele era muito ciumento. Estou sofrendo muito e com depressão(já medicada) e auto-estima bem baixa.Terminei a 20 dias.
Mas eis que me aparece um moço que eu tive um relacionamento há 7 anos atrás. Não era um namoro, a gente só ficava. Eu o amava muito, mas por imaturidade, a gente não se respeitava e ficávamos com outras pessoas, tanto ele quanto eu. Ficamos nesse rolo 3 anos.
Ele então começou a namorar e eu quase morri. Decidi partir pra outra. Me casei, mas fui muito infeliz no casamento que durou 5 anos.
Enquanto estava casada, eu sonhava muito com ele, tentava esquecê-lo mas os sonhos não deixavam. Cheguei até a sonhar coisas que realmente aconteceram com ele. E ele sempre perguntava de mim pras minhas amigas, como eu estava.
Então depois da separação nos reencontramos. Ele disse que sempre pensou em mim, que eu era o amor da vida dele, falou o quanto sentiu minha falta...eu também falei que nunca o esqueci e que também o amava.
Mas ficamos poucas vezes, eu não tive paciência de ficar esperando que ele viesse falar comigo, achava que ele não estava afim. Tinham muitos homens querendo ficar comigo, eu me deslumbrei com essa nova liberdade e acabamos cometendo os mesmos erros do passado.Muitos desencontros.
Namorei por 8 meses.
E agora, aparece ele novamente dizendo que me ama. Eu gosto muito dele. Mesmo namorando pensei nele.
Mas estou com medo. Fui muito magoada neste ultimo relacionamento.
Este que reapareceu, é bem bonito, as mulheres ficam no pé dele. E ele é um pouco instável disse que me amava num final de semana e no outro só perguntou de mim, mas não me procurou.
Preciso de algumas palavras de sabedoria.
Abraços.
Sandrinha.
ResponderExcluirAcho que você também é, como ele, muito instável.Se quer realmente procurar uma relação sólida com ele, você precisa ter uma conversa muito honesta e sincera com ele e estabelecer um acordo no sentido de levar à sério o namoro e cortar as interferências de outras pessoas. Caso isto não seja possível, desista dele, procure alguém mais confiável e seja, você também, confiável. Sem seriedade, respeito, honestidade e sinceridade um namoro não vai longe.
E para cuidar de seu comportamento afetivo nos relacionamentos amorosos e de seus problemas de auto-estima continuo recomendando a você a leitura do meu livro "Saber amar" que foi publicado pela Editora Rocco.
Altair.
ResponderExcluirEstou escrevendo um livro sobre a questão dos feridos pelo amor para complementar o Saber Amar que você leu. Penso que seu namorado poderá se beneficiar da leitura de minha postagem original aqui, pois por sua descrição ele é um dos ainda feridos e não curados. Copie minha postagem e dê para ele ler, quem sabe ajuda.
Se não der certo, lamento, mas creio que você vai ter que procurar um homem mais corajoso e disposto a correr os riscos que a vida nos oferece.
Boa Sorte e Feliz 2008.
Caro Dr. Luiz,
ResponderExcluirFiquei muito contente ao ler no comentário acima que o sr. está escrevendo mais um livro... com certeza levará muita luz a muitas pessoas, como aconteceu comigo com relação ao "Saber amar". Estou esperando ansiosa... Um ótimo final de ano e um 2008 maravilhoso!!!
Cara Jane.
ResponderExcluirDepois do "Saber amar", de 2006, publiquei este ano o "Mistérios da alma". E estou com vários projetos para os próximos anos. Vou procurar divulgar os livros na medida em que forem aparecendo.
Não sei se você conhece os anteriores, se não, procure dar uma olhada neles. Recomendo especialmente o "Olhar acima do horizonte" e o "A felicidade é aqui", ambos publicados pela editora Rocco. Se quiser adquirir algum deles e não encontrar, me escreva, pois sempre tenho alguns exemplares para atender às pessoas que têm dificuldade em consegui-los.
Quero lhe agradecer pelas suas palavras lisonjeiras, que me fizeram muito bem. Aproveito para lhe desejar um Feliz 2008.
Oi Py!Aqui é a Lucia q já escreveu p/"os feridos pelo amor",passando só p/lhe desejar um Feliz Ano Novo e q vc continue sempre com esse trabalho tão bonito e q ajuda tanta gente!Bjs.
ResponderExcluirE MAIL RECEBIDO E SUA RESPOSTA:
ResponderExcluirOlá Dr. Luiz Alberto!
Solicito sua ajuda num problema pelo qual estou passando neste momento. Meu pai faleceu 13 dias. Ele tinha apenas 68 anos e teve um AVC em decorrência de uma hipertensão arterial da qual sempre se recusou a tratar com medicamentos e dieta alimentar.
No dia de seu falecimento o deixei em casa conversando e quando voltei para socorrê-lo, após receber um chamado de um irmão p/ o levarmos ao hospital, deparei-me com ele se batendo em sua cama, com os olhos virados e a língua enrolada.Foi socorrido, mas não resistiu a duas paradas cardíacas.
Tenho 44 anos, sou advogada e minha dor é de não ter conseguido falar coisas ao meu pai ou fazer mais por ele materialmente. Confesso que o meu desejo sempre foi agradá-lo em todas as atitudes que tive na vida, mas como sempre era difícil agradá-lo(nunca ouvi dele o que queria ouvir: que ele tinha orgulho de mim e da mulher na qual eu tinha me transformado)teve uma hora que desisti porque já estava afetando a minha estima. A minha cobrança comigo mesma agora é: por quê, mesmo com a não receptividade dele, eu não continuei insistindo no diálogo e em ser carinhosa e amorosa com ele ? Ele está fazendo muito falta, porque mesmo com o humor ácido dele e com suas críticas era um homem de muita personalidade. (Dizem que éramos muito parecidos e que herdei a personalidade dele.) Parece que eu, com o desejo de preservar o meu orgulho próprio acabei desistindo do meu pai e ele agora se foi sem eu ter podido verbalizar a ele o quanto eu o amava e o quanto ele foi importante pra mim. Implicitamente as minhas ações e atitudes eram pautadas por agradá-lo, mas ficou faltando verbalizar. Será que ele entendia esse método ? Ele era um homem muito bem informado e gostava de conversar sobre todos os assuntos com todas as pessoas. Por que é tão mais fácil nos entendermos com estranhos do que com os que nos estão próximos ? Pergunto isso tanto em relação a mim quanto em relação à ele .
É isso.
Me ajudem a entender essa questão,por favor.
Minhas amigas -que já perderam pais também - dizem que essa sensação de não ter feito o suficiente pelos que nos deixaram é normal e com o tempo passa. É assim mesmo ?
Cara amiga anônima.
A dor da perda é realmente amenizada pelo tempo. No seu caso existe um sentimento de culpa por não ter conseguido uma relação mais ampla e mais intensa com seu pai.
Minha impressão é que seu sentimento de culpa se origina de sua tendência a negar sua impotência, pois na realidade você não teve possibilidade de se aproximar mais de seu pai devido à reação dele. Portanto, encare esse sentimento de culpa como uma expressão de arrogância de sua parte ao atribuir a si mesma uma responsabilidade que esteve fora de seu alcance.
Epero que minhas palavras possam ajudar você a superar este momento doloroso eaproveito para lhe enviar uma carinhosa saudação.