Esta é a coluna que publiquei ontem no jornal O Dia:
Ter uma relação afetiva com alguém significa aceitar a importância desta pessoa para nós e crer que ela também nos considere importante. A relação será tanto melhor quanto melhores forem os sentimentos que um dirige para o outro. Por isto devemos valorizar as qualidades das pessoas e procurar tolerar os defeitos delas. É também o que podemos delas esperar. É fundamental que exista uma possibilidade de confiar um no outro, partindo-se de um crédito de confiança que é estabelecido inicialmente e ampliado pela convivência. Quando algum acontecimento prejudica esta confiança, devemos avaliar a conveniência e a possibilidade de refazer o crédito e, sempre que possível, reinvestir na relação. Ninguém é perfeito, portanto, erros cometidos podem ser tolerados e perdoados. Basta que a relação valha a pena. Cabe a cada um avaliar o benefício da relação e seu custo para reinvestir ou não nela.
Recebi o seguinte e-mail comentando a coluna estou publicando - a coluna e o e-mail - para convidar a um debate sobre o tema.
Olá, Doutor Alberto
Gostaria primeiramente de parabeniza-lo, pelas brilhantes colunas publicadas no jornal o Dia de Domingo, sempre leio todas, e hoje 03/06, parecia que a mensagem era para mim. Não estava bem com minha companheira e estava prestes a terminar, após ter lido sobre a questão de tolerar os defeitos, observei que o capricho da perfeição é algo impossível e quando aprendemos a nos tornar tolerantes encontramos a perfeição nas pessoas, foi bem forte suas palavras sobre valorizarmos as qualidades e aceitarmos os defeitos, e eu só via qualidades nela, os defeitos também aparecem, e nesses momentos é que me cabem a tolerância, afinal tendo um vínculo de confiança grande e boas qualidades, sempre é bom reinvestir na relação e tolerar os defeitos, assim eu estou encontrando o amor perfeito e ela está me completando perfeitamente, até porque ela tolera meus defeitos, e isso infelizmente eu ainda não aprendi muito bem.
Mas muito obrigado pela palavras, com certeza sua ajuda salva relacionamento de amizades, amor, profissionais e vidas também.
Um grande abraço
F.
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Luiz Alberto, sempre tento entender quando um amigo (um em especial) tem uma atitude que não gosto. Mas convivo muito com uma pessoa que não entende quando erro, acha que sempre esta certa. Como agir para que essa pessoa começa a ver que tambem tem de me aceitar como sou?
ResponderExcluirSou sempre a favor de conversar com franqueza e clareza com as pessoas (talvez seja uma deformação profissional de psicanalista...) por isto o que recomendo sempre é uma boa conversa.
ResponderExcluirUma boa conversa é uma conversa que se constrói a quatro mãos, em etapas sucessivas e se estende por um longo período de tempo. Isto porque o tempo ajuda que as idéias e pontos de vista da outra pessoa possam ser digeridas por nós e vice-versa. É importante que haja, de parte a parte, um sincero interesse pelo que o outro tem a contribuir, se não fica cada um com o que já pensava antes e não acontece nenhuma mudança, nenhum progresso.
Se o outro não é acessível a uma boa conversa, é melhor investir em uma nova amizade ou uma nova companhia. Pois temos de aceitar que nem todo mundo serve para amigo da gente.
INSEGURANÇA
ResponderExcluirDr .sou uma mulher muito insegura, é interessante pq me acho bonita, inteligente...mas quando se diz respeito ao meu relacionamento amoroso sou muito insegura.Se ligo para meu namorado e o celular esta ocupado, já pego o carro e vou atrás: penso firme , ele vai sair com outra e vou pegar no flaga. Porque disto? o que acontece comigo? Nunca fiquei sabendo nada de meu namorado...mas estou sempre em estado alerta. Dr. o que será que acontece comigo?
Vou colocar sua postagem com minha resposta na seção apropriada: Ciúme.
ResponderExcluirRelação Pais e filhos.
ResponderExcluirAdoro meus pais. São pessoas simples e fazem tudo por mim. Em especial minha mãe. É um anjo em minha vida. Só que sou muito impaciente. Qualquer coisa chamo a atenção dela. Mas parece que eu que sou a mãe. E o pior, é que sinto que ela tem receio de mim. Queria muito mudar esta situação. Eu amo ela demais, e sei que se um dia eu a perder, vou me lembrar pra sempre deste problema.
Dr. Luiz Alberto, quero um conselho seu, que com certeza me ajudará muito.
Beijos.
Katia
Nossos pais, com a idade, vão se tornando mais frágeis e dependentes, principalmente dependentes emocionais dos filhos. É preciso ter paciência com eles e para tal devemos nos lembrar de que um dia também seremos pais velhinhos e dependentes de nossos filhos. Este pensamento nos ajuda a nos indentificarmos com eles, entendê-los melhor e ter mais empatia com a situação deles.
ResponderExcluirProcure valorizar o amor entre vocês. Isso ajuda muito.
Dr. Luiz Alberto,
ResponderExcluirtambém tenho problemas com minha mãe. Ela ainda é jovem , tem 51 anos e eu 32 anos. sou solteira e sem filhos (e sou filha única). Tenho tudo para ser amiga de minha mãe. ela tenta, faz tudo por mim. Mas eu não tenho paciencia com ela, sou brava, respondo, tudo que ela faz eu crítico. Queria muito mudar ela é maravilhosa. Sempre que brigo, to brigando e contrariada, penso: não posso fazer isto. Saio de casa contrariada comigo mesmo.
Dr. o que acontece comigo? o que posso fazer para mudar esta situação?
O que acontece com você é muito comum. Existe uma enorme rivalidade entre mães e filhas de origem ancestral.
ResponderExcluirPara melhorar esta situação é necesário muito empenho e esforço de sua parte. É possível que muitas e longas conversas com ela sobre esta questão ajudem vocês a terem uma relação mais carinhosa e amorosa que neutralize a rivalidade instintiva.
Volte a escrever quando alguma mudança tiver acontecido. Boa sorte.
Caro Luiz Alberto,
ResponderExcluirEu sempre fui muito paciente, tolerante até demais, e de uma certa forma, isso acabou prejudicando as pessoas que eu amo.
Como tudo na vida, não podemos exagerar, e com meu zelo em não magoar, o cuidado em não ofender e o excesso de aceitação... acabei impedindo que essas pessoas crescessem.
Acho que uma boa conversa, livre de preconceitos e de críticas agressivas, pode sim, ajudar a melhorar o relacionamento, mostrar ao outro o que incomoda e juntos encontrarem uma solução, é a maneira mais segura e consistente de superar essas diferenças. Aceitar os "defeitos", perdoar os "erros", tem de se ter muito cuidado, pois as pessoas se acomodam e acreditam estarem agindo certo, e perdem a oportunidade de crescerem e serem melhor.
Lendo o seu Blog eu tenho aprendido muito e refletido muito sobre os meus relacionamentos(marido, filhas, irmão, amigos, etc.).
Muito obrigada pela oportunidade de conhecer tantas experiencias de vida e, principalmente, ouvir os seus conselhos, sempre tão apropriados e cheios de doçura.
Um grande abraço.
Agradeço suas palavras. São úteis para me orientar em meu trabalho.
ResponderExcluirMuito obrigado.
Um afetuoso abraço.
Luiz Alberto
Dr. Luiz, sou uma pessoa que não sabe tolerar, não deixo nada passar em branco. Quando falo com meus colegas de serviço, falo em tom de arrogancia. Até mesmo com minha familia, amigos...Comecei a estudar este ano, acho que até meus colegas de aula já notaram. Queria aprender a ser gentil, a valorizar e a tolerar as pessoas.Me ajude por favor, já até perdi amizades por isto , e muitas...Até...
ResponderExcluirCamila
Camila
Camila.
ResponderExcluirDeve haver um pouco de timidez em sua atitude. Mas é verdade que você precisa se modificar.
É difícil e requer empenho, esforço e muita disciplina, mas vale a pena.
Lute por seu bem estar e por sua felicidade. Eles virão.
Py, lembra de um filme em que o Daniel Filho dizia que os 3 inimigos do Homem sao: a familia, a Patria e a rewligiao. Apesar de ñ ser fã de Daniel Filho eu estou com ele neste sentido. As coisas que mais nos oprime nesta Vida sao estes 3 fatores. bjs
ResponderExcluirSheila,
ResponderExcluirda opressão familiar e religiosa podemos nos livrar com mais facilidade do que dos impostos que a pátria nos cobra. Por falar em impostos, a falta de dinheiro também é muito opressiva...